quarta-feira, 30 de março de 2011



Às vezes estamos parados num lugar, sem prestar muitaatenção em nada, de repente o vento traz uma folha, bate bem na nossa cara. Em geral a gente pega e devolve ao vento, sem nem olhar pra ela. Mas tem dias que a folha pode ser bonita e mereça até ser guardada dentro de um livro. É questão de olhar, parar por uns segundos pra observar aquilo que o acaso trouxe. Pode não ser nada demais, mas também pode ser.

Muita gente aparece na nossa vida, as vezes do nada, trazida pelo vento. Na maioria dos casos, nem reparamos muito nessas pessoas. Elas também passam sem despertar muita atenção. Assim como vieram, se vão sem deixar rastro.

Já tem aquelas que surgem como que trazidas por um furacão, provocam um turbilhão de sensações, agitam e desestabilizam nosso ponto de equilíbrio. Tiram do lugar nossos princípios e fazem nossas convicções parecerem tão resistentes como uma casca de ovo. Chegam nos fazendo crer que tudo será diferente, que uma nova e intensa experiência vai acontecer.

Mas no entanto, assim como um temporal, elas passam. Todo aquele vendaval, prenúncio da sua chegada, se transforma em brisa. Nada acontece. Sem que você entenda como, tudo que parecia ser, não é. Tudo que podia ser, não será e tudo que foi, na verdade nem era. E você fica pensando "será que só eu vi a chuva cair?". Você não entende como pode ter se enganado com aquela aparição. Parecia tudo tão real. Parecia mesmo a folha que vai pra dentro do livro. Mas não era. Coisas do vento.



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